Categoria: Artigos
Data: 05/09/2023
Isaías 40 –
48

No dia 22 de
maio de 1964, o presidente dos Estados Unidos, Lyndon B. Johnson,  quando
estava na Universidade de Michigan, disse as seguintes palavras: “Nos
dias de hoje, temos a oportunidade não apenas de nos transformarmos numa
sociedade rica e poderosa, mas também de nos elevarmos a uma Grande
Sociedade.” Ao lermos estas palavras alguns anos depois, podemos nos
perguntar: “Como será que os judeus cativos na Babilônia teriam interpretado as
palavras do presidente americano Lyndon Johnson?”

Uma
sociedade rica? Os judeus eram refugiados cuja terra e cidade santa estavam em
ruínas.

Uma
sociedade poderosa? Sem um rei ou exércitos, encontravam-se fracos e indefesos
diante das nações a seu redor.
Uma grande
sociedade? Haviam pecado rebelando-se contra Deus e tiveram de sofrer grande
humilhação e disciplina. Tinham pela frente um desafio monumental, mas lhes
faltavam recursos humanos.

Por isso, o
profeta admoestou-os a não olhar para si mesmos, mas sim a olhar com fé para o
Deus poderoso que os amava e que prometeu fazer grandes coisa por eles. “Não
temas!” exortou Isaías. “Eis aí está o vosso Deus!” (Is 40:9).

Meus irmãos,
há um pensamento que me serve de estímulo em várias ocasiões que diz: “Olhe
para os outros e ficará angustiado. Olhe para si mesmo e ficará deprimido. Olhe
para Deus e será abençoado!”  Pode não ser uma obra-prima
literária, mas certamente contém uma excelente teologia prática. Quando as
perspectivas são sombrias, precisamos olhar para o alto. “Levantai ao alto os
olhos e vede. Quem criou estas coisas? […] por ser ele grande em força e forte
em poder” (Is 40:26).

Nestes nove
capítulos de Isaías, o profeta descreve a grandeza de Deus em três áreas
distintas da vida para que nós possamos aprender a depender e confiar em Deus
em nosso viver independente do momento em que estejamos vivendo. O profeta
Isaías nos convida a confiar em Deus, por quê?

1. DEUS É
MAIOR DO QUE AS CIRCUNSTÂNCIAS  DA VIDA(IS
40:1-31)
As
circunstâncias que nos precedem (vv.1-11).
 Ao olhar para trás, o remanescente da Babilônia
via suas falhas e pecados e precisava de encorajamento. Podem-se ouvir quatro
vozes, cada uma delas com uma mensagem especial a esse povo necessitado.

(1) A voz
de perdão (vv. 1, 2).
 A
nação havia pecado grandemente contra o Senhor, por sua idolatria, injustiça,
imoralidade e insensibilidade para com seus mensageiros (Jr 7). Porém, os
judeus ainda eram o povo de Deus, e ele os amava. Apesar de tê-los
disciplinado, não os abandonaria. No texto original, “consolar” significa
“falar ao coração” e “tempo da sua milícia” é uma referência aos tempos de
“grandes provações”. A expressão “em dobro” não sugere que Deus os havia
disciplinado injustamente, pois, mesmo em seus castigos, ele é misericordioso
(Ed 9:13). Deus os disciplinou em proporção direta a tudo o que eles haviam
feito (Jr 16:18). Não devemos pecar, mas, caso isso aconteça, Deus está
esperando para nos perdoar (1 Jo 1:5 – 2:2).

(2) A voz
da providência (vv. 3-5).
 Os judeus tinham uma dura jornada pela frente quando voltaram para
reconstruir Jerusalém e o templo, mas o Senhor iria na frente a fim de abrir
caminho. Vemos aqui a figura de um emissário consertando as estradas e
removendo os obstáculos, reparando o caminho para a vinda de um rei. A figura
do caminho ou da estrada aparece com frequência nas profecias de Isaías (ver Is
11:16). E evidente que o cumprimento pleno dessas palavras pode ser observado
no ministério de João Batista, quando este preparou o caminho para o ministério
de Jesus Cristo Mt 3:1-6). Em termos espirituais, Israel estava vivendo no
deserto quando Jesus veio, mas em sua vinda, o Salvador trouxe a glória de Deus
(Jo 1:14). O caminho de volta pode ser penoso, mas se confiarmos em Deus,
ficará mais fácil.

(3) A
voz da promessa (vv. 6-8).
 “Toda a carne é erva.” A Assíria havia partido e a
Babilônia também. Assim como a grama, as nações e seus líderes cumprem seu
propósito e, depois, desaparecem, mas a Palavra de Deus permanece para sempre
(Sl 37:1, 2; 90:1-6; 103:15-18; 1 Pe 1:24, 25). Ao começar sua longa jornada
para casa, Israel podia contar com as promessas de Deus. Talvez estivessem se
apropriando especialmente de 2 Crônicas 6:36-39.

(4) A
voz da paz (vv. 9-11).
 Aqui a própria nação sai do vale e vai até o alto das montanhas
para declarar a vitória de Deus sobre o inimigo. A boa notícia anunciada
naquele tempo foi a derrota da Babilônia e a libertação dos judeus cativos (Is
52:7-9). A boa notícia hoje é a derrota de Satanás por Jesus Cristo e a
salvação de todos aqueles que crerem no Senhor (Is 61:1-3; Lc 4:18, 19. O braço
de Deus é poderoso para dominar a batalha (Is 40:10), mas também é um braço de
amor para carregar suas ovelhas cansadas (v. 11). “Estamos indo para casa!” –
sem dúvida essa foi uma boa notícia para as cidades devastadas de Judá (Is 1 3
6 : 1 ; 37:26).
As
circunstâncias diante de nós (vv. 12-26).
 Os judeus eram poucos, apenas um remanescente, e
tinham diante deles uma longa e difícil jornada. As vitórias da Assíria, da
Babilônia e da Pérsia deram a impressão de que os falsos deuses dessas nações
gentias eram mais fortes do que o Deus de Israel, porém Isaías lembrou seu povo
da grandeza de Javé. Ao contemplar a grandeza de Deus, você verá a vida com uma
perspectiva diferente e correta.

Deus é maior
do que qualquer coisa na terra (vv. 12-20) ou no céu (vv. 21-26). A criação
mostra sua sabedoria, seu poder e sua infinitude. Ele é maior do que as nações
e seus ídolos. E, se você sentir-se tão pequeno a ponto de se perguntar se Deus
se importa, de fato, com sua vida, lembre-se de que ele sabe o nome de cada
estrela (Is 40:26) e o seu nome também (ver Jo 10:3, 27)! O mesmo Deus que dá
nome às estrelas e as conta, pode curar seu coração partido (Sl 147:3,4), pode
levantar o caído, transformar a derrota em vitória (Gn 50.20).

Alguém
definiu as “circunstâncias” como “as coisas horríveis que vemos ao
desviarmos o nosso olhar de Deus”. Se você olhar para Deus por
meio das suas circunstâncias, ele parecerá muito pequeno e distante, porém, se,
pela fé, você olhar para as suas circunstâncias por meio de Deus, ele se
colocará a seu lado e lhe revelará sua grandeza.

As
circunstâncias dentro de nós (vv. 27-31).
 Em vez de louvar ao Senhor, a nação estava se
queixando de que ele agia como se não soubesse da situação deles nem se
importasse com os problemas que enfrentavam (v. 27; Is 49:14). Em vez de ver a
porta aberta, os judeus enxergavam apenas uma longa estrada a sua frente e
queixaram-se de não ter forças para andar. Deus estava lhes pedindo que
fizessem o impossível.

Contudo,
Deus sabe como nos sentimos, conhece nossos medos e sabe como suprir todas as
nossas necessidades. Não somos capazes de obedecer a Deus com nossas próprias
forças, mas podemos sempre confiar nele para nos prover a energia de que
precisamos (Fp 4:13). Se confiarmos em nós mesmos, iremos desfalecer e cair,
mas se esperarmos no Senhor com fé, receberemos forças para prosseguir. A
palavra esperar” não sugere que nos sentemos aguardando sem fazer coisa alguma.
 Significa “ter esperança”, buscar em Deus tudo de que precisamos (Is
26:3; 30:15). Isso inclui meditar no caráter e nas promessas de Deus, orar e
buscar sua glória.
as. Trocamos nossas fraquezas pelo poder de Deus (2 Co
12:1-10). Quando esperamos nele, Deus permite que sejamos elevados acima de uma
crise, que corramos quando os desafios são muitos e que confiantes em
meio às exigências cotidianas. E muito mais difícil caminhar sob as pressões
comuns da vida do que voar como a águia num período de crise.
O pai das
missões modernas William Carey, disse: “Posso labutar, é o meu único
dom. Posso perseverar em qualquer atividade que me seja determinada. Devo tudo
em minha vida a isso.”
Uma jornada
de mil quilômetros começa com o primeiro passo. Os grandes heróis da fé nem
sempre são aqueles que parecem elevar-se acima dos problemas, mas sim os que
labutam pacientemente. Ao esperar no Senhor, ele nos permite não apenas voar e
correr mais rápido, mas também andar por mais tempo. Bem-aventurados os que
labutam, pois um dia chegarão a seu destino!
2. DEUS É
MAIOR QUE NOSSOS TEMORES (MEDOS) (IS 41:1-44:28)
Em sete
ocasiões nesta seção do livro, o Senhor diz a seu povo: “Não temas!”
(Is 41:10,13,14; 43:1,5; 44:2,8); também a nós nos exortamos a não temermos
hoje. Ao encarar o desafio da longa caminhada para casa e a difícil tarefa de
reconstrução, os judeus remanescentes tiveram motivos de sobra para temer.
Contudo, havia uma grande razão para não ter medo: o Senhor estava com eles e
lhes daria sucesso.
Deus
procurou acalmar seus medos garantindo que iria à frente deles e que
trabalharia por eles. O Senhor explicou uma verdade maravilhosa: empregou três
servos que cumpririam seu propósito: Ciro, rei da Pérsia (Is 41:1-7), a nação
de Israel (vv. 8-29; Is 43:1 – 44:27) e ó Messias (Is 42:1-25).
Ciro,
o servo de Deus (41:1-7).
 Deus convocou todos ao tribunal e pediu às nações que
apresentassem suas acusações contra ele, se fossem capazes. Pelo menos
dezessete vezes em suas profecias Isaías escreveu sobre “terras do mar”,
referindo-se aos lugares mais distantes da terra santa (Is 11:11; 24:1 5; 41:1,
5; 42:4, 10, 12). O Senhor desafiou as nações dizendo: “Apresentai a vossa
demanda” (Is 41:21).
Deus não
teme as nações, pois é maior do que elas (Is 40:12-17); controla sua ascensão e
queda. O Senhor anunciou que levantaria um governante chamado Ciro, o qual
faria a obra justa de Deus na Terra ao derrotar outras nações em favor do povo
de Deus, Israel. Ciro seria um pastor (Is 44:28) ungido por Deus (Is 45:1), uma
ave de rapina que não poderia ser detida (Is 46:11). “Pisará magistrados como
lodo e como o oleiro pisa o barro” (Is 41:25).
Isaías
chamou Ciro pelo nome mais de um século antes do nascimento do rei (590?- 529
a.C.). Apesar de o profeta não usar, em momento algum, a designação “servo de
Deus” para o governante, Ciro serviu ao Senhor ao cumprir o propósito de Deus
na Terra. Deus entregou-lhe as nações e ajudou- o a conquistar grandes reis (Is
45:1-4). O inimigo foi soprado para longe como restolho e pó, pois o Deus
eterno estava comandando o exército.
E possível
que Ciro tivesse pensado que realizava seus próprios planos, mas na verdade
estava fazendo a vontade de Deus (Is 44:28). Ao derrotar a Babilônia, Ciro
permitiu que os judeus cativos fossem libertos e que voltassem para sua terra,
a fim de reconstruir Jerusalém e o templo (Ed 1:1-4).”Eu, na minha justiça,
suscitei a Ciro e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha
cidade e libertará os meus exilados” (Is 45:13).
Às vezes nos
esquecemos de que Deus pode usar até mesmo líderes não cristãos para o bem de
seu povo e para o progresso de sua obra. Levantou o Faraó no Egito para que
pudesse demonstrar seu poder Rm 9:1 7) e também usou o fraco Herodes e o
covarde Pôncio Pilatos para realizar o plano da crucificação de Cristo (At
4:24-28). “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do S e n h o
r ; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv 21:1).
Israel,
o servo de Deus (41:8-29; 43:1 -44:28).
 O profeta apresenta quatro retratos para
encorajar o povo. Em contraste com o medo experimentado pelas nações gentias,
vê-se a confiança demonstrada por Israel, o servo escolhido de Deus (Is
41:8-13), pois Deus estava operando em seu favor. Apesar de sua antiga
rebelião, Israel não foi rejeitado pelo Senhor. Os judeus cativos não
precisavam temer nem Ciro e nem a Babilônia, pois Ciro estava trabalhando para
Deus, e a Babilônia logo desapareceria. Ao ler esse parágrafo, podemos sentir o
amor de Deus por seu povo e seu desejo de encorajá-lo a confiar nele quanto ao
futuro.
O título
“meu servo” é muito honrado e foi usado para grandes líderes como Moisés (Nm
12:7), Davi (2 Sm 3:18), os profetas (Jr 7:25) e o Messias (Is 42:1). Havia,
porém, alguma honra em ser chamado de “verme”? (Is 41:14-1 6). “Servo” define o
que eles eram pela graça e vocação de Deus, mas “verme” descreve o que eram em
si mesmos. Imagine um verme com dentes e triturando montanhas até o pó, como se
fosse palha! Todas as montanhas e montes seriam aplainados (Is 40:4), à medida
que a nação marchasse com fé, e o Senhor tornaria as montanhas em outeiros.
        
O mesmo Deus que transformou a realidade do povo judeu que estava no cativeiro,
é também o nosso Deus hoje, ele zela por suas promessas, então podemos confiar,
assim como ele cumpriu suas promessas restaurando o povo de Israel da
escravidão quando estava desanimado é ele quem noa avbençoa e supre todas as
nossas necessidades.
 Deus
não é semelhante aos ídolos mortos que não podem fazer nada e não conhecem a
nossa história, mas o grandioso Deus conhce todas as coisas, não só nosso
passado como o nosso futuro(Is 41:21-29). Não apenas os ídolos eram incapazes
de fazer qualquer previsão verdadeira, como também não conseguiam nem sequer
falar! O julgamento do tribunal foi inequívoco: “Eis que todos são nada; as
suas obras são coisa nenhuma; as suas figuras de fundição, vento e vácuo” (v.
29).
Isaías dá
continuidade ao tema do “servo do Deus de Israel” nos capítulos 43 – 44 com
ênfase no Deus Redentor de Israel (Is 43:1-7; ver também v. 14; Is 44:6,
22-24). A palavra traduzida por “redimir” ou “Redentor” é o termo hebraico para
“parente resgatador”, alguém próximo que poderia remir pessoas da família da
escravidão e resgatar suas propriedades mediante o pagamento de suas dívidas
(ver Lv 25:23-28 e o Livro de Rute). Deus deu o Egito, a Etiópia (Cuxe) e Sabá
para Ciro como preço do resgate por ter libertado Israel da Babilônia, pois
Israel era muito precioso para o Senhor. Também deu seu único Filho como
resgate pelos pecadores (Mt 20:28; 1 Tm 2:6).
Israel é o
servo de Deus no mundo e também a testemunha de Deus para o mundo (Is 43:8-13).
Trata-se de outra cena de um tribunal, em que Deus desafia os ídolos. “Que
tragam suas testemunhas!”, diz o Juiz, mas é claro que os ídolos são inúteis e
mudos. Em duas ocasiões, o Senhor diz a Israel: “Vós sois as minhas
testemunhas”(vv. 10,12), pois foi na história de Israel que Deus revelou-se ao
mundo. Frederico, o Grande, perguntou ao marquês D’Argens: “Você
pode me dar uma única prova irrefutável da existência de Deus?” Ao que o
marquês respondeu: “Sim, majestade, o povo judeu”.
Quando Deus
perdoa e restaura seu povo, deseja que se esqueçam das falhas do passado, que
dêem testemunho dele no presente e que se apropriem de suas promessas para o
futuro (vv. 18-21). Por que deveríamos nos lembrar de algo que Deus já
esqueceu? (v. 25). O Senhor perdoou os israelitas não porque tivessem levado
sacrifícios – pois não havia altares na Babilônia -, mas unicamente por sua
misericórdia e graça.
Isaías
44:9-20 mostra a insensatez da idolatria e deve ser comparado com o Salmo 11 5.
Aqueles que defendem ídolos e que os adoram são como eles: cegos, ignorantes e
insignificantes. Deus fez as pessoas à sua própria imagem, e agora elas faziam
deuses à imagem delas! Parte de uma árvore se tornava um deus e o restante era
usado como lenha. O ‘adorador “alimentava as cinzas” sem obter benefício algum
dessa adoração.
Mas Deus
formou Israel (Is 44:21, 24), perdoou os pecados de seu povo (v. 22; ver Is
43:25) e é glorificado por meio dele (Is 44:23). Ele fala a seu povo e é fiel
no cumprimento de sua Palavra (v. 26). Que possamos sempre apreciar o
privilégio que temos de conhecer e de adorar o verdadeiro Deus vivo!
O
Messias, o Servo de Deus (Is 42).
 Isaías 42:1-7 é a primeira de quatro referências aos
“cânticos do servo”, em Isaías, aludindo ao Servo de Deus, o Messias. As outras
são Isaías 49:1-6; 50:1-11; e 52:13 – 53:12. Compare “Eis que todos [os ídolos]
são nada” (Is 41:29) com “Eis aqui o meu servo” (Is 42:1). Mateus 12:14-21
aplica essas palavras ao ministério de Jesus Cristo aqui na Terra. Ele poderia
ter destruído os inimigos (a cana e o linho), mas foi paciente e
misericordioso. O Pai se agrada de seu Filho (Mt 3:1 7; 1 7:5).
É por meio
do ministério do Servo que Deus realizará seu grande plano de salvação para o
mundo. Deus o escolheu, levantou e capacitou para ser bem-sucedido em sua
missão. Por causa da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, um dia haverá um
reino glorioso, e Deus “promulgará o direito para os gentios [nações]” (Is
42:1). Jesus Cristo é “a luz do mundo” (Jo 8:12), e isso inclui os gentios (Is
42:6; At 13:47, 48; Lc 1:79). Isaías 42:7 refere-se ao livramento do cativeiro
na Babilônia (Is 29:18; 32:3; 35:5) bem como ao livramento dos pecadores da
condenação (Is 61:1-3; Lc 4:18, 19).
A seção
final (Is 42:10-25) descreve uma nação que canta (vv. 10-12), dando louvores ao
Senhor, e um Deus silencioso que quebra o silêncio para se tornar um valente
emitindo gritos (vv. 13-1 7). Deus é longânimo para com o pecador, porém,
quando começa a operar, não perde tempo! O “servo”, nos versículos 18-25, é o
povo de Israel, cego para seus próprios pecados e surdo para a voz de Deus (Is
6:9, 10); ainda assim, o Senhor o perdoou graciosamente e o libertou da
servidão. Então, Deus diz aos babilônios: “Restitui” (Is 42:22).
Como é
triste quando Deus nos disciplina e não entendemos ou não levamos a sério o que
ele está fazendo (v. 25)! O cativeiro de Israel na Babilônia curou a nação de
sua idolatria, mas não criou nele um desejo de adorar e glorificar a Deus. Meus
irmãos, nós também fomos libertos do pecado pela graça de Deus, precisamos ter
fome e sede da presença do Senhor e glorifica-lo em nosso viver.
3. DEUS É
MAIOR QUE NOSSOS INIMIGOS (Is 45:1-48:22)
Estes
capítulos tratam da ruína da Babilônia, e um dos temas principais é: “Eu sou o
Senhor, e não há outro” (Is 45:5-6, 14, 18, 21, 22; 46:9). Jeová volta a se
revelar como o verdadeiro Deus vivo em contraste com os ídolos mudos e mortos.
A
descrição do conquistador (45:1-25).
 Assim como profetas, sacerdotes e reis eram ungidos
para o serviço, também Ciro foi ungido por Deus para realizar um serviço
especial por Israel. Nesse sentido, Ciro foi um “messias”, um “ungido”. Deus o
chamou pelo nome um século antes de seu nascimento! Ciro foi o instrumento
humano para a conquista, mas foi o Deus Jeová quem lhe deu as vitórias.
A
desgraça dos falsos deuses (46:1-13).
 Bel era o deus babilônio do Sol, e Nebo era seu
filho, o deus da escrita e do aprendizado. Mas nem os dois juntos foram capazes
de deter Ciro! Ao escapar do inimigo, os Babilônios tiveram de carregar seus
deuses, porém eles acabaram sendo levados para o cativeiro junto com os
prisioneiros de guerra Deus garantiu a seu povo que os levaria em seus braços
do ventre ao túmulo. O versículo 4 é a base para a estrofe do conhecido hino
Firme Alicerce, geralmente omitida dos nossos hinários:
Até à
velhice, todo meu povo há de provar,
Meu
soberano, eterno e imutável amor,
E quando o
cabelo grisalho suas têmporas adornar,
Como ovelhas
junto ao peito ainda os hei de levar.
(Richard
Keen)
Que conforto
saber que nosso Deus já cuidava de nós mesmo antes de termos nascido (Sl
139:13-16) e que o fará até envelhecermos, bem como a cada momento entre uma
coisa e outra! Ele está no controle de tudo, conhece todos antes de nascermos.
A
destruição da cidade (47:1-15).
 A Babilônia, a rainha arrogante, não passava mais de
uma escrava humilhada. “Eu serei senhora para sempre!” (v. 7-), bradava ela.
Mas, num instante, foi alcançada pelo julgamento de seus pecados e tornou-se
viúva. Nem seus ídolos nem suas práticas ocultas (vv. 12-14) puderam avisá-la
ou prepará-la para sua destruição. Deus, porém, sabia que a Babilônia cairia,
pois havia planejado isso muito tempo atrás! Chamou a Ciro, que se lançou sobre
a Babilônia como uma ave de rapina. A Babilônia não mostrou misericórdia para
com os judeus, e Deus julgou-a conforme merecia.
A
libertação do remanescente judeu (48:1-22).
 Os judeus haviam se tornado
complacentes e acomodados em seu cativeiro e não queriam partir. Seguiram o
conselho de Jeremias (Jr 29:4-7) e tinham casas, jardins e famílias.
Apegaram-se de tal modo a essas coisas que não seria fácil fazer as malas e
seguir para a Terra Santa. No entanto, pertenciam à Terra Santa, e Deus tinha
um trabalho para eles ali. Deus lhes disse que eram hipócritas ao usar seu nome
e identificar-se com sua cidade, mas não obedecer à sua vontade (Is 48:1, 2).
Eram obstinados (v. 4) e não se empolgaram com as coisas novas que Deus estava
fazendo por eles.
Se tivessem
obedecido ao Senhor logo de início, teriam experimentado paz e não guerras (vv.
18, 19), mas ainda não era tarde demais. O Senhor os havia colocado dentro da
fornalha para refiná-los e prepará-los para o trabalho que os esperava (v. 10).
“Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus”, foi o mandamento do Senhor (v.
20; ver Jr 50:8; 51:6; 45; Ap 18:4). Deus iria adiante deles e prepararia o
caminho, de modo que não tinham o que temer.
Seria de se
pensar que os judeus estivessem ansiosos para deixar sua “prisão” e voltar para
sua terra, a fim de ver Deus fazer coisas novas e grandiosas por eles. Porém,
haviam se acostumado com a segurança do cativeiro e se esquecido dos desafios
da liberdade. Não é difícil para a Igreja de hoje se acomodar com seu conforto
e fartura. Deus pode nos colocar na fornalha para nos lembrar de que estamos
aqui para ser servos e não consumidores ou espectadores
Conclusão
Meus irmãos,
mesmos sendo fracos e miseráveis pecadores podemos contemplar o grande amor de
Deus, assim como o remanescente. Ao olhar para trás, o
remanescente da Babilônia via suas falhas e pecados e precisava de
encorajamento, para prosseguir em frente.
1-Deus é
maior do que qualquer coisa na terra (vv. 12-20)
 ou no céu (vv. 21-26). A
criação mostra sua sabedoria, seu poder e sua infinitude. Ele é maior do que as
nações e seus ídolos. E se você sentir-se tão pequeno a ponto de se perguntar
se Deus se importa, de fato, com sua vida, lembre-se de que ele sabe o nome de
cada estrela (Is 40:26) e o seu nome também (ver Jo 10:3, 27)! O mesmo Deus que
dá nome às estrelas e as conta pode curar seu coração partido (Sl 147:3, 4).
2-Deus é
maior que nossos medos
– Deus procurou acalmar seus medos garantindo que iria à frente deles e
que trabalharia por eles. O Senhor explicou uma verdade maravilhosa: empregou
três servos que cumpririam seu propósito: Ciro, rei da Pérsia (Is 41:1-7), a
nação de Israel (vv. 8-29; Is 43:1 – 44:27) e o Messias (Is 42:1-25). Então meu
irmão e amigo não há o que temer, precisamos confiar no Senhor hoje.
3-Deus é
maior que nossos inimigos
 – Se tivessem obedecido ao Senhor logo de início, teriam
experimentado paz e não guerras (vv. 18, 19), mas ainda não era tarde demais. O
Senhor os havia colocado dentro da fornalha para refiná-los e prepará-los para
o trabalho que os esperava (v. 10). “Saí da Babilônia, fugi de entre os
caldeus”, foi o mandamento do Senhor (v. 20; ver Jr 50:8; 51:6; 45; Ap 18:4).
Deus iria adiante deles e prepararia o caminho, de modo que não tinham o que
temer.
Seria de se
pensar que os judeus estivessem ansiosos para deixar sua “prisão” e voltar para
sua terra, a fim de ver Deus fazer coisas novas e grandiosas por eles. Porém,
haviam se acostumado com a segurança do cativeiro e se esquecido dos desafios
da liberdade. Não é difícil para a Igreja de hoje se acomodar com seu conforto
e fartura. Deus pode nos colocar na fornalha para nos lembrar de que estamos
aqui para ser servos e não consumidores ou espectadores.
Assim como o
Israel da Antiguidade, você ao se deparar com uma tarefa difícil e um futuro
impossível, siga o exemplo de Israel e lembre-se da grandeza de Deus.
W.Wiersbe/Adap
pelo Pr. Eli Vieira
 



































































































































Tags: deus grandeza

Autor: Pr. Eli Vieira   |   Visualizações: 5 pessoas
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