Categoria: Artigos
Data: 13/01/2023
Deus é incomparável

2 Reis 6:8 -33

A nosso ver, teria sido muito mais lógico o Senhor designar Elias, o “filho do trovão”, para confrontar os exércitos inimigos que invadiram Israel. Em vez disso, porém, Deus escolheu Eliseu, o jovem agricultor de espírito pacífico. Eliseu era como o “cicio tranquilo e suave” que veio depois do tumulto do vento, do terremoto e do fogo (1 Rs 19:11, 12), assim como Jesus veio depois de João Batista, o pregador com um machado na mão. Ao declarar a justiça de Deus e chamar ao arrependimento, tanto Elias quanto João Batista prepararam o caminho para o ministério de seus sucessores, pois sem convicção da culpa não há verdadeira conversão.

Neste momento convido você para juntos olharmos para este texto da Palavra de Deus e aprendermos algumas lições que nos ajudarão em nossa caminhada no meio das batalhas da vida.

O nosso Deus é único porque:

1-ELE É O DEUS QUE VÊ (2 RS 6:8-14)
Sempre que os siros planejavam um ataque à fronteira, o Senhor dava a informação a Eliseu, e o profeta avisava o rei. Baal jamais poderia ter feito isso pelo rei Jorão, pois os ídolos “Têm olhos e não vêem” (Sl 115:5). O Senhor não apenas vê as ações, mas também os pensamentos de todos (Sl 9 4:11; 139:1-4) bem como o coração (Pv 15:3, 11; Jr 1 7:10; At 1:24). Porém, um dos oficiais de Ben-Hadade sabia o que estava acontecendo e informou ao rei que o profeta Eliseu estava encarregado da “inteligência militar” e tinha conhecimento do que o rei dizia e fazia até no próprio quarto.

A solução lógica era eliminar Eliseu. Mais uma vez, vemos a ignorância do rei, pois se Eliseu ficava sabendo de todos os planos do rei para o ataque à fronteira, por certo também ficaria sabendo desse plano – e foi exatamente o que aconteceu! Os espias de Ben-Hadade encontraram Eliseu em Dotã, uma cidade cerca de 20 quilômetros ao norte da capital, Samaria. Em termos humanos, teria ficado mais seguro na cidade fortificada de Samaria, mas o profeta não teve medo, pois sabia que Deus cuidava dele.

Quando os servos de Deus estão dentro de sua vontade e realizando sua obra, tornam-se imortais até que essa obra esteja completa. Se o Pai cuida até mesmo de um pardal (Mt 10:29),então certamente está cuidando de seus filhos preciosos.

2-ELE É O DEUS QUE PROTEGE (2 RS 6:15-17)
Quando o jovem do profeta ao acordar viu a cidade cercada de soldados inimigos, sua reação foi natural e buscou a ajuda de seu senhor o profeta Eliseu.

Uma mulher disse ao evangelista D. L. Moody ter encontrado uma promessa maravilhosa que lhe dava paz quando estava preocupada e citou o Salmo 56:3: “Em me vindo o temor, hei de confiar em ti”. Moody disse que tinha uma promessa ainda melhor para ela e citou Isaías 12:2: “Eis que Deus é minha salvação; confiarei e não temerei”. Ficamos imaginando quais promessas do Senhor vieram à mente e ao coração de Eliseu, pois é a fé na Palavra de Deus que traz paz em meio à tempestade.

Eliseu não se preocupou com o exército; antes, sua maior preocupação foi com o servo assustado. Eliseu orou pedindo a Deus que abrisse os olhos do servo. Ele vivia de acordo com as aparências, não pela fé, e não conseguia ver o enorme exército angelical do Senhor cercando a cidade. A fé nos permite ver o exército invisível de Deus (Hb 11:2,7) e crer que ele nos dará a vitória.

3-ELE É O DEUS MISERICÓRDIOSO (2 RS 6:18-23)
Eliseu não pediu que o Senhor ordenasse ao exército angelical para destruir os soldados insignificantes de Ben-Hadade. Deus deu a Eliseu um plano muito melhor. Havia acabado de orar pedindo que o Senhor abrisse os olhos de seu servo e, então, orou pedindo que Deus escurecesse a vista dos soldados siros.

Se dependesse do rei Jorão, teria executado todos os soldados siros e assumido o crédito pela grande vitória, mas Eliseu interveio demonstrando misericórdia.

Será que esse tipo de abordagem evitaria conflitos nos dias de hoje? O mesmo princípio aplica-se ao fim do divórcio e ao abuso nas famílias, a tumultos e saques em bairros, a agitações em campi universitários e a divisões e conflitos em nossas comunidades. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5:7).

4-ELE É O DEUS FIEL A SUA ALIANÇA (2 Rs 6:24-33)
Os ataques às fronteiras cessaram, mas Ben-Hadade ll decidiu que era chegada a hora de ir à guerra. Os governantes devem provar seu valor ao povo, e derrotar e saquear o inimigo é uma das melhores maneiras de revelar a própria força e sabedoria. Dessa vez, o rei enviou um exército completo, e temos a impressão de que pegou Jorão inteiramente despreparado.

O cerco de Samaria durou tanto tempo que o povo da cidade começou a morrer de fome. Se o rei Jorão tivesse chamado o povo ao arrependimento e à oração, a situação teria mudado (2 Cr 7:14). O povo foi degradado a tal ponto que precisou recorrer a alimentos imundos, como cabeça de jumento e esterco de pombos, pagando por eles preços exorbitantes e chegaram a comer os próprios filhos, mas Jorão não se quebrantou diante de Deus. Não obstante a incredulidade do rei Deus não abandonou o seu povo e no seu tempo livrou Israel das mãos do rei da Síria 2 Rs 7.6

Todos os dias neste mundo, estamos diante de batalhas, mas nós precisamos nos conscientizar que o Senhor luta por nós, pois “a peleja não é vossa, mas de Deus” ( 2 Cr 20.15). O mesmo Deus que livrou Israel é o nosso Deus hoje. Ele sabe o momento que estamos passando, ele nos protege a cada dia, é fiel a sua aliança e cumpre as suas promessas. Nesta certeza, podemos descansar no Senhor, ele não mudou.

Pr. Eli Vieira

Tags: deus único

Autor: Pr. Eli Vieira   |   Visualizações: 7 pessoas
Compartilhar: Facebook Twitter LinkedIn Whatsapp

  • Procurar




Deixe seu comentário